Inocência dos costumes e inabalável fidelidade à religião

Igreja Católica

BENTO XIV:

É incrível o imenso proveito que estas piedosas e louváveis Congregações Marianas, dotadas de santas e saudáveis Regras em harmonia com a diferente condição social dos congregados e cultivadas com solicitude e prudente zelo por seus respectivos Diretores, tem produzido em pessoas de todas as classes da Sociedade.

Uns, de fato, mantendo-se firmes no caminho da inocência e piedade, que sobre o amparo da Santíssima Virgem haviam empreendido com resolução desde seus ternos anos, mereceram conservar perpetuamente, com notável exemplo e com o fruto da perseverança final, aquele abnegado estado de vida que é a razão observar o homem cristão e servo da Virgem. Outros, vencendo o atrativo dos vícios em que estavam miseravelmente aprisionados, e apartando-se do caminho da iniqüidade que haviam iniciado, guardaram depois conduta ajustada, virtuosa e santa, com o auxílio das misericordiosíssima Mãe de Deus, a cujo serviço se tinham consagrado nestas Congregações, e fortalecidos continuamente com as práticas piedosas ds mesmas Congregações, perseveraram até o fim felicissimamente. Outros também, por mercê de sua afetuosa e precoce devoção à Mãe de Deus, se elevaram até os graus mais sublimes do amor divino; e abandonando com fortaleza e magnânimo coração os vão e passageiros bens e deleites deste mundo se retiraram ao mais santo e seguro estado de vida regular, donde, cravados pelos votos religiosas na Cruz de Cristo, se entregaram totalmente a sua própria perfeição e a trabalhar na salvação dos próximos. Por todo o qual, se vê claramente com quão prudente e saudável acordo Nossos Predecessores os Romanos Pontífices outorgaram seu favor a estas Congregações, já desde o princípio delas, e para fomentá-las e propagá-las, cumularam se muitos e singulares privilégios e graças a seus Diretores e aos mesmos congregados...

Fonte: encíclica GLORIOSAE DOMINAE, 1748
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PIO XII:

... Em nossos dias, estas falanges marianas, seguindo as gloriosas pegadas dos antepassados e obedecendo religiosamente às suas leis, se colocam nas primeiras filas, sob os auspícios e a direção da hierarquia eclesiástica, apoiando e suportando com constância trabalhos para a maior glória de Deus e para o bem das almas...

... De tal maneira que devem ser consideradas como aguerridas coortes e forças espirituais, prontas a defender, assegurar e propagar o catolicismo. E isso por muitas razões. (...) Muito mais que o número de membros se hão de ter em conta as regras e leis pelas quais os congregados são como que levados pela mão àquela excelência de vida espiritual que os torna capazes de subir aos cumes da santidades principalmente com o auxílio daqueles meios com os quais é utilíssimo que estejam apetrechados os perfeitos e íntegros seguidores de Cristo: o uso dos exercícios espirituais, a meditação diária das coisas divinas e o exame de consciência; a freqüência aos sacramentos; a dócil e filial dependência de um diretor espiritual certo; pleníssima e perpétua consagração da própria pessoa à bem-aventurada Virgem Mãe de Deus; e, finalmente, o firme propósito de procurar a perfeição cristã para si e para os outros. Tudo isso destina-se a acender nos congregados de Maria aquelas chamas da divina caridade e a alimentar e fortalecer aquela vida interior, necessária sobremaneira nesta nossa idade, em que, como noutra ocasião com dor advertimos, tantas multidões de homens padecem "vazio de alma e profunda indigência espiritual". E que essas coisas não só são prescritas em sapientíssimas leis, mas levadas felizmente à prática da vida de cada dia nas congregações marianas, conclui-se abundantemente do fato de que, onde quer que elas prosperem, e uma vez que observem santamente o seu espírito e as suas leis, se vê logo florescer e vigorar a inocência dos costumes e uma inabalável fidelidade à religião.

Fonte: encíclica BIS SAECULARI DIE, 1948 (vatican.va)